segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Expressões Populares Gaúchas

        Os alunos do 5º ano, coordenados pela Profª Marilda, trabalharam nas aulas de História, as expressões populares gaúchas. Após, criaram textos utilizando as mesmas nos laptops educacionais e socializaram com o grande grupo. Aqui algumas escolhidas pelos alunos como sendo as mais criativas.

A pior é minha  
       Certo dia um homem chamado Rogério estava trabalhando na estância de seu César. Esse tal de César era mais chato que alpargata de gordo.
       Em um sábado, à noite, Rogério foi a um baile. César estava lá, também. Mas César se apartou pra um lado e em menos de cinco minutos tava que era uma tampa de xarope, virado num mosquedo em volta, de tanta mulher que queria dançar com ele.  Mas isso, porque ele era rico demais.
      Mas Rogério estava sozinho como sempre. É que nem todo mundo gosta de carne gorda, né?
      Rogério foi pra casa triste, tava mais triste que genro trazendo a sogra pra casa.
       No dia seguinte Rogério estava indo trabalhar montado na sua baia bragada. Perto da estância do César, morava um senhor chamado Paulo e olhando a baia de Rogério, fez uma proposta:
      -Olha Rogério, se eu te der minha zaina e o potro tostado tu me dá tua baia? Rogério pensou, pensou... e disse:
     - Eu aceito, mas só aceito se tu levar lá em casa. Paulo não pensou duas vezes e aceitou.
     Quando Paulo chegou na casa de Rogério com o potro e a égua reparou que Rogério estava triste e perguntou:
      - Olha Rogério, te levo num baile lá na Vila Seca. Rogério aceitou.
      Chegando lá, Rogério olhou toda a mulherada e se achegou numa, chamou pra dançar um vanerão. Ela era mais feia que filhote de cruz credo com credo cruz.
       Mas tiveram um romance de uma noite e meio dia.
       E sempre que Rogério chega no baile, ele fala:
      - A pior é minha!
Nome: Arthur Henrique Siqueira Duarte
Turma: 5º Ano A
  
Feia como mulher de cego!
Meu marido é cego, ele é mais feio que indigestão de torresmo, mais perdido que cego em tiroteio, mais grosso que dedão do pé quebrado...
Ele é tudo isso mas, porém, eu amo ele.
Eu também não sou mais bonita que laranja de amostra.
Mas o que eu mais odeio nele é quando ele diz para mim:
- Essa aí é para derrubar o colono de ceifa. - ou - essa aí é para cair os butiás do bolso.
É aí que começa a briga. Nós discutimos muito, mas depois de um tempo nós nos pedimos desculpas e tudo fica melhor.
Toda noite antes dele dormir, pegava o cobertor e dormia mais grudado nele que bosta em tamanco de leiteiro.
Isso era mais difícil que dormir com espora sem rasgar lençol.
Quando ele saia do banho ele ficava como tosa de porco: muito grilo e pouca lã e eu ficava contente como cusco de cozinheira.
Essa sou eu !! Esta foto era do dia do meu casamento!!
                           Esse era meu marido !!!!!!
                           Essa foto era quando ele ficava feliz !!!
 Alguns anos depois, ele faleceu, morreu no dia 23 de novembro.
Fiquei muito triste mas foi passando o tempo e eu fui melhorando.
Bom, esse foi um resumo do que aconteceu na minha vida quando eu me casei com um cego.
Nome: Emily Carolina Barbosa
Turma: 5º Ano A
   
              Fala ao teu cavalo como se fosse gente!
 
        Um dia um homem deu ao seu filho um cavalo meio esquisito. Uma raça 
        bem  estranha, uma raça bem cara e já quase extinta.
        O filho do homem ao ver o presente do pai, contente, disse ao cavalo:
    - Cavalo dado não se olha os dentes.
    O pai ao ouvir aquilo, feliz deixou o filho com o cavalo e se foi a sair.
    O piá olhando o cavalo disse:
    - Olha cavalo, vou lhe dar o nome de Desconfiado!
    O cavalo ouvindo aquilo fez uma cara como se estivesse querendo saber o
     porque daquele nome.
    Então o guri explicou:
    - Te dou esse nome porque estou desconfiado como cavalo torto em poeira. E continuou:
    - Meu pai é andarengo, e quando chega das viagens a cavalo é bem difícil ele se aprochegar de mim. E agora me dá um cavalo com pelo de boi barroso!
    O pai, chegou a eles depois de almoçar e falou:  
    - Meu filho está na hora de você alçar a perna e sair cavalgando com seu velho, pela nossa fazenda!
    - Daqui a pouco lhe chamo e se não estiver pronto lhe passo o relho.
    O filho rapidamente fez o que o pai lhe disse e saiu atrás dele. O pai então lhe falou:
    - Meu filho, te dou hoje essa fazenda, tu já tem idade e teu pai vai sair a viajar com tua mãe, ver teus familiares e alguém tem que cuidar da fazenda. Seu irmão mais velho quer ser rico a qualquer custo! Aposto que venderia a fazenda.
    Após muito tempo o piá se tornou um peão feito. Mas com o mesmo cavalo amigo ao lado. O menino, agora homem e dono da fazenda, fazia todo dia uma caminhada e conversava com seu bem querer, o seu cavalo amigo. Todos achavam aquilo esquisito.
    Mas o peão nem ligava, cuidava dos bois, de outros cavalos até cuidava da antiga criação de galinhas de seu vô, já falecido e vários outros animais.
Com o piá, agora peão, aprendemos uma grande lição! E com o peão, agora feliz, terminamos essa história, tchau!
Nome: Ana Flávia Soares Lima
Turma: 5º Ano A
 

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